31/01/08

Super Poderes

Vou e venho todos os dias neste comboio para o trabalho. O percurso demora entre 40 e 50 minutos. Normalmente, leio, faço ponto cruz ou durmo durante a viagem... A maioria dos passageiros lê ou dorme, tendo em mente que não está em casa e que não incomodar os restantes passageiros...
Mas nem todos pensam assim...
Por isso, durante a viagem desejo muitas vezes ter poderes especiais, tipo Super-Homem!
Não era preciso saber voar ou conseguir salvar todas as damas em perigo... naquele momento, só gostava de conseguir:
Baixar o som do leitor de MP3 do tipo à minha frente, cuja música se ouve a metros de distância;
Provocar um ataque de sono a quem vai a falar ao telemóvel a viagem toda em voz estridente;
Provocar uma vontade irrecusável de mudar de carruagem a quem vai a teclar a toda a força no portátil, mesmo ao meu lado (ainda não conseguem distinguir as teclas do portátil de um berbequim...)
Tirar o som aos tipos que ressonam;

E hoje li uma frase num blog sobre más sogras http://queridasogra.blogspot.com/ que me fez rir muito, embora felizmente, não tenha do que me queixar!

A melhor distância para uma sogra morar é... nem tão perto que possa vir de chinelos, nem tão longe para que traga uma mala!"

Hoje li no jornal:“Um pai (25 anos) espancou até à morte a filha de 17 meses na cidade de Filadélfia (EUA) porque ela deixou cair a sua Playstation ao chão.”Será que há explicação para uma coisa destas??

30/01/08

O Primeiro Amor

Lembro-me de ter lido o livro de crónicas “Os meus problemas” de Miguel Esteves Cardoso pela primeira vez quando tinha os meus 20 anos.
Lembro-me de ter lido este texto ao meu primeiro amor, quando já previa que a nossa relação não iria ter um final de filme, daqueles que têm um final feliz...
Durante as minhas sessões de leitura é frequente encontrar excertos, pequenas frases que acho mais significativas ou marcantes que outras... tenho até um bloquinho onde aponto muitos desses excertos. Mas até hoje só me aconteceu uma vez encontrar um texto inteiro que me marcou e de que me lembro ainda hoje.
Digam lá que ele não tem razão...

O Primeiro Amor

É fácil saber se um amor é o primeiro amor ou não. Se admite que possa ser o primeiro, é porque não é, o primeiro amor só pode parecer o último amor. É o único amor, o máximo amor, o irrepetível e incrível e antes morrer que ter outro amor. Não há outro amor. O primeiro amor ocupa o amor todo.
Nunca se percebe bem por que razão começa. Mas começa. E acaba sempre mal só porque acaba. Todos os dias parece estar mesmo a começar porque as coisas vão bem, e o coração anda alto. E todos os dias parece que vai acabar porque as coisas vão mal e o coração anda em baixo.


O primeiro amor dá demasiadas alegrias, mais do que a alma foi concebida para suportar. É por isso que a alegria dói - porque parece que vai acabar de repente. E o primeiro amor dói sempre demais, sempre muito mais do que aguenta e encaixa o peito humano, porque a todo o momento se sente que acabou de acabar de repente. O primeiro amor não deixa de parte um único bocadinho de nós. Nenhuma inteligência ou atenção se consegue guardar para observá-lo. Fica tudo ocupado. O primeiro amor ocupa tudo. É inobservável. É difícil sequer reflectir sobre ele. O primeiro amor leva tudo e não deixa nada.


Diz-se que não há amor como o primeiro e é verdade. Há amores maiores, amores melhores, amores mais bem pensados e apaixonadamente vividos. Há amores mais duradouros. Quase todos. Mas não há amor como o primeiro. É o único que estraga o coração e que o deixa estragado.
É como uma criança que põe os dedos dentro de uma tomada eléctrica. É esse o choque, a surpresa «Meu Deus! Como pode ser!» do primeiro amor. Os outros amores poderão ser mais úteis, até mais bonitos, mas são como ligar electrodomésticos à corrente. Este amor mói-nos o juízo como a Moulinex mói café. Aquele amor deixa-nos cozidos por dentro e com suores frios por fora, tal e qual num micro-ondas. Mas o «Zing!» inicial, o tremor perigoso que se nos enfia por baixo das unhas e dá quatro mil voltas ao corpo, naquele micro-segundo de electricidade que nos calhou, só acontece no primeiro amor.


O primeiro beijo é sempre uma confusão. Está tudo a andar à volta e não se consegue parar. A outra pessoa assalta-nos e deixa-nos tontos, isto apesar de ser tão tímida e inepta como nós. E os nomes dos nossos primeiros amores? Os nomes doem. Parecem minúsculos milagres. Cada vez que se pronunciam, rebenta um pequeno terramoto no equador. E as mãos? Quando a mão entra na mão de quem se ama e se sente aquele exagero de volts e de pele, a única resposta sensata é o assassínio, o exílio, o suicídio. Nada fica de fora. O mundo é uma conspiração cinzenta de amores em segunda mão. Nada é puro fora daquelas mãos. O tesouro está a arder, as pessoas estão a morrer, os olhos cheios de luz estão a cegar, mas o primeiro amor é também, e sem dúvida, o primeiro amor do mundo.


O primeiro amor é aquele que não se limita a esgotar a disposição sentimental para os amores seguintes: quer esgotá-la. Depois dele, ou depois dela, os olhos e os braços e os lábios deixam de ter qualquer utilidade ou interesse. As outras pessoas - por muito bonitas e fascinantes que sejam - metem-nos nojo. Só no primeiro amor.


Não há amor como o primeiro. Mais tarde, quando se deixa de crescer, há o equivalente adulto ao primeiro amor - é o primeiro casamento; mas não é igual. O primeiro amor é uma chapada, um sacudir das raízes adormecidas dos cabelos, uma voragem que nos come as entranhas e não nos explica. Electrifica-nos a capacidade de poder amar. Ardem-nos as órbitas dos olhos, do impensável calor de poder-mos ser amados. Atiramo-nos ao nosso primeiro amor sem pensar onde vamos cair ou de onde saltamos. Saltamos e caímos. Enchemos o peito de ar, seguramos as narinas com os dedos a fazer de mola de roupa, juramos fazer três ou quatro mortais de costas, e estatelamo-nos na água ou no chão, como patos disparados de um obus, com penas a esvoaçar por toda a parte.


Há amores melhores, mas são amores cansados, amores que já levaram na cabeça, amores que sabem dizer «Alto-e-pára-o-baile», amores que já dão o desconto, amores que já têm medo de se magoarem, amores democráticos, que se discutem e debatem. E todos os amores dão maior prazer que o primeiro. O primeiro amor está para além das categorias normais da dor e do prazer. Não faz sentido sequer. Não tem nada a ver com a vida. Pertence a um mundo que só tem duas cores - o preto-preto feito de todos os tons pretos do planeta e o branco-branco feito de todas as cores do arco-íris, todas a correr umas para as outras.
Podem ficar com a ternura dos 40 e com a loucura dos 30 e com a frescura dos 20 - não outro amor como o doentio, fechado-no-quarto, o amor do armário, com uma nesga de porta que dá para o Paraíso, o amor delirante de ter sempre a boca cheia de coração e não conseguir dizer outra coisa com coisa, nem falar, nem pedir para sair, nem sequer confessar: «Adeus Mariana - desta vez é que me vou mesmo suicidar.» Podem ficar (e que remédio têm) com o savoir-faire e os fait-divers e o «quero com vista pró mar se ainda houver». Não há paz de alma, nem soalheira pachorra de cafunés com champagne, que valha a guerra do primeiro amor, a única em que toda a gente morre e ninguém fica para contar como foi.


Não há regras para gerir o primeiro amor. Se fosse possível ser gerido, ser previsto, ser agendado, ser cuidado, não seria primeiro. A única regra é: Não pensar, não resistir, não duvidar. Como acontece em todas as tragédias, o primeiro amor sofre-se principalmente por não continuar. Anos mais tarde, ainda se sonha retomá-lo, reconquistá-lo, acrescentar um último capítulo mais feliz ou mais arrumado. Mas não pode ser. O primeiro amor é o único milagre da nossa vida - e não há milagres em segunda mão. É tão separado do resto como se fosse uma primeira vida. Depois do primeiro amor, morre-se. Quando se renasce há uma ressaca. É um misto de «Livra! Ainda bem que já acabou!» e de «Mas o que é isto? Para onde é que foi?».


Os outros amores são maiores, são mais verdadeiros, respeitam mais as personalidades, são mais construtivos - são tudo aquilo que se quiser. Mas formam um conjunto entre eles. O segundo e o terceiro e o quarto, por muito diferentes, são mais parecidos. São amores que se conhecem uns aos outros, bebem copos juntos, telefonam-se, combinam ir à Baixa comprar cortinados. O primeiro amor não forma conjunto nenhum. Nem sequer entre os dois amantes - os primeiros, primeiríssimos amantes. Acabam tão separados os dois como o primeiro amor acaba separado dos demais. O amor foi a única coisa que os prendeu e o amor, como toda a gente sabe, não chega para quase nada. É preciso respeito e bláblá, compreensão mútua e muito bláblá, e até uma certa amizade bláblá. Para se fazer uma vida a dois que seja recompensadora e sobretudo bláblá, o amor não chega. Não se vive só dele. Não se come. Não se deixa mobilar. Bláblá e enfim.
Mas é por ser insustentável e irrepetível que o primeiro amor não se esquece. Parece impossível porque foi. Não deu nada do que se quis. Não levou a parte nenhuma. O primeiro amor deveria ser o primeiro e esquecer-se, mas toda a gente sabe, durante o primeiro amor ou depois, que é sempre o último.


Afinal nem é por ser primeiro, nem é por ser amor. A força do primeiro amor vem de queimar - do incêndio incontrolável - todas aquelas ilusões e esperanças, saudades pequenas e sentimentos, que nascem em nós com uma força exagerada e excessiva. Como se queima um campo para crescer plantas nele. Se fôssemos para todos os outros amores com o coração semelhantemente alucinado e confuso, nunca mais seríamos felizes. É essa a tristeza do primeiro amor. Prepara-nos para sermos felizes, limando arestas, queimando energias, esgotando inusitadas pulsões, tornando-nos mais «inteligentes».
É por isso que o primeiro amor fica com a metade mais selvagem e inocente de nós. Seguimos caminho, para outros amores, mais suaves e civilizados, menos exigentes e mais compreensivos. Será por isso que o primeiro amor nunca é o único? Que lindo seria se fosse mesmo. Só para que não houvesse outro.

Miguel Esteves Cardoso - Os Meus Problemas (1988)

29/01/08

Reformas

Hoje de manhã li no jornal gratuito que recebo no Metro a seguinte notícia:

Mulheres recebem pensões 40% inferiores

Enquanto que as pensões de reforma dos homens atingem em média os 1.158 €, as mulheres recebem apenas 692 €.
Apenas...

Tadinhos dos velhotes austríacos...

Um abracinho

Há dias em que recebemos e-mails que nos fazem sorrir e pensar um bocadinho na vida, como este que recebi de uma grande amiga:
Como manter-se jovem?

1. Deite fora os números que não são essenciais.
Isto inclui a idade, o peso e a altura. (Deixe que os médicos se preocupem com isso. Afinal, é para isso que lhes paga!. )

2. Mantenha só os amigos divertidos. Os depressivos puxam para baixo. (Lembre-se disto se for um desses depressivos!)

3. Aprenda sempre: Aprenda mais sobre computadores, artes, jardinagem, o que quer que seja. Não deixe que o cérebro se torne preguiçoso. "Uma mente preguiçosa é trabalho do diabo." E o nome do diabo é Alzheimer!

4. Aprecie as mais pequenas coisas.

5. Ria muitas vezes, durante muito tempo e alto. Ria até lhe faltar o ar. E se tiver um amigo que o faça rir, passe muito e muito tempo com ele / ela!

6. Quando as lágrimas aparecerem Aguente, sofra e ultrapasse. A única pessoa que fica connosco toda a nossa vida, somos nós próprios. VIVA enquanto estiver vivo.


7. Rodeie-se das coisas que ama: Quer seja a família, animais, plantas, hobbies, o que quer que seja. O seu lar é o seu refúgio.

8. Tome cuidado com a sua saúde: Se é boa, mantenha-a. Se é instável, melhore-a. Se não a consegue melhorar, procure ajuda.
9. Não faça viagens de culpa. Faça uma viagem ao centro comercial, até a um país diferente, mas NÃO para onde estiver a culpa.
10. Diga às pessoas que ama que as ama, a cada oportunidade.




25/01/08

Faltam 28 dias


Faltam 28 dias para receber de braços abertos e coração aos saltinhos a minha família linda!


Vão ficar connosco uma semana inteirinha :)
Já ando a pensar no plano para essa semana, no que gostava de lhes mostrar.. Viena é tão bonita e depois ainda há tanta coisa fora de Viena... mas vou ter de ser realista e não me esquecer que a minha sobrinha-princesa também vem (iupiiii) e que andar com uma criança de 3 anos não é a mesma coisa do que andar só com adultos.


Mas o mais importante é que eles vêm! A minha mãe já cá esteve duas vezes, mas nunca tanto tempo...e foi a única que me visitou. Por isso é que estou tão animada e ansiosa para que corra tudo bem: quero muito que eles gostem para que depois voltem.
O Thomie também está ansioso por mostrar o país dele à nova família dele, o que me deixa muito animada!

Hoje encontrei este excerto de Fernando Pessoa, que se adequa a este momento:

"O valor das coisas não está no tempo em que elas duram,mas na intensidade com que acontecem.Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis."

O deserto da margem sul

Quem me conhece, sabe que adoro ler. Leio jornais, revistas, livros, folhetos, embalagens de cereais, tudo o que apanho a jeito! E leio, claro, muitos blogs :)

Hoje de manhã li a crónica que o Ricardo Araújo Pereira escreveu para a Visão sobre a decisão do Governo em construir o novo aeroporto em Alcochete, no “deserto da margem sul”.
Lembro-me de ter visto o sketch que os Gatos fizeram sobre essa declaração do Ministro das Obras Públicas e de me ter fartado de rir!!

E hoje aconteceu-me o mesmo!

Aqui ficam alguns excertos da crónica, que pode ser lida em:

http://clix.visao.pt/Opiniao/ricardoaraujopereira/Pages/AlcocheteénamargemnortedoSado.aspx

“Afinal, o novo aeroporto de Lisboa vai ser construído em Alcochete. É um escândalo. Ou então é óptimo, não sei bem. Para dizer a verdade, percebo tanto do assunto como o Governo. A ter de tomar uma decisão, faria como eles: era ao calhas.”

“O leitor recorda-se da objecção de Almeida Santos à construção do aeroporto na Margem Sul? Recorda com certeza, porque era bem pertinente. Disse ele (juro): «E se os terroristas dinamitam uma ponte? Fica o aeroporto isolado.» É uma inquietação que eu próprio sempre partilhei: se os terroristas cometerem um atentado sangrento em Portugal, fazendo milhares de mortos e semeando a destruição e o caos, eu continuo a ter acesso ao aeroporto, ou fico mesmo com as férias estragadas?”

“...o ministro não estava a falar francês quando disse «Na Margem Sul, jamais!» Pouca gente sabe disto: «jamais» quer dizer «nunca» em francês, mas em sueco significa «claro que sim, julgo que é a melhor opção do ponto de vista financeiro, ambiental e outros».”


Bom fim-de-semana!!


(Continuo sem vestido novo para o baile de amanhã!!)

23/01/08

Dar cabo da lista

No início de um ano todos nós fazemos promessas que esperamos cumprir no decorrer dos 12 meses que se seguem... e eu não fui excepção!
Mas não escondi a lista, trago-a sempre comigo para me obrigar a dar os passos para atingir aqueles objectivos.

Hoje dei um passo para atingir o objectivo “emagrecer”.


Não, não liguei ao Tallon (que por acaso até vi no aeroporto no dia de Natal), mas marquei uma consulta numa dietista aqui perto!
A consulta ficou marcada para dia 4 de Fevereiro pelas 19 horas e custa 50€. Uma semana antes da consulta tenho de escrever tudo o que comer e beber para que ela possa ter uma ideia dos meus hábitos alimentares...
Vamos ver como corre a aventura...

Será que ela tem uma varinha mágica para emagrecer? Ou, pelo contrário, vai-me mandar comer coisas de que não gosto??
Veremos...

A ideia era esta:


22/01/08

A menina dança?




As insónias estão, pelo menos por enquanto, resolvidas! Obrigado pelos conselhos e apoio :)
Um desabafo, encharcado em lágrimas, com a minha mãe tirou-me um peso do peito que não sabia ser tão grande e já durmo de seguida há 3 noites!
Agora o meu drama é outro!! (Felizmente menos complicado). Nos próximos 10 dias tenho 3 bailes e claro que podia dizer que tenho de comprar um vestido novo porque não quero repetir a fatiota, porque é um meio pequeno e talvez reparem no que vestimos e sei lá mais o quê... (até porque acho difícil que alguém ainda se lembre do que vesti há um ano atrás!!)
A verdade é que me apetece vestir um vestido novo e lindo.. e já agora barato... e já agora que me assente bem (o mais difícil!!).
Isto ainda devem ser consequências de ter envergado um vestido de noiva lindíssimo e que me assentava tão bem... e como a compra do vestido de noiva correu tão bem (só experimentei 3!), achei que também ia ser fácil enocntrar um vestido de baile que me assentasse e pronto...
Pura ilusão!! Ontem deparei-me com uma sessão de frustração numa cabine de provas da C&A, onde experimentei alguns vestidos muito bonitos, mas que só me serviriam se eu tivesse menos 10 kgs e mais 10 cms de altura!! Ainda por cima o raio das cabines têm espelhos por todo o lado, o que ainda ajuda mais à festa... triste festa!
Hoje andei a ver na net se encontrava alguma coisa e encontrei estes modelitos que vou tentar ir ver ao vivo e a cores amanhã depois do trabalho... Mas além do preço rondar os 200,00€, aposto que não me vão cair tão bem como nos modelos das fotos!!
Não como quase nada, mas também não faço exercício (o passeio de bicicleta de domingo não conta) e o peso mantém-se.. não é triste?? E eu até já me impus uma proibição de andar de elevador aqui no trabalho e ando para cima e para baixo nas escadas... e olhem que estou no quinto andar, o que não é fácil!!
Bem, já chega de lamúrias!
Toca a sonhar com os vestidos e espero encontrar algum bonito/em conta/que assente bem... sonhar ainda é gratuito, né? ;)

17/01/08

Contar ovelhas

Sei que é ridículo, mas ando com os sonos trocados! Também sei que os bebés é que costumam sofrer deste mal, mas juro que ando assim... com uma ligeira desvantagem para com os bebés: é que eles podem dormir de dia e eu não!
Talvez seja apenas uma coincidência de datas, mas desde que o meu avô Jerónimo faleceu que não consigo dormir bem, custo a adormecer (apesar do abraço confortante do meu mamutinho), sonho muito, muito, passo a noite agitada, acordo várias vezes e custo a voltar a adormecer... na maioria das vezes dou por mim a olhar para o relógio à espera que sejam horas de levantar!
Nem contar ovelhas ajuda...
E quem me conhece, sabe que isto não é nada normal, porque eu adoro dormir e sempre foi um castigo para chegar a horas a algum lado (o meu antigo chefe que o diga!) porque tinha sempre muitos problemas em conseguir sair do vale dos lençóis!
E ando a semana toda assim, à espera que seja sábado para conseguir dormir uma sesta... e aí durmo tão profundamente que até me custa a abrir os olhos quando tenho de acordar! Juro que é mesmo assim...
Que truque se costuma usar com os bebés para acertar os sonos? Ideias?
Beijinhos
Susy

11/01/08

Sexta-feira

É sexta-feira, uma sexta-feira que antecede um fim-de-semana prolongado porque na segunda-feira é feriado no Japão e, assim, a Embaixada está fechada (ó que peeena!)

Hoje fui almoçar com uma amiga (comida chinesa, para ajudar à miscelânia cultural) e passámos o tempo a rir ao falar dos diferentes hábitos culturais com que nos deparamos aqui e com os que temos de aprender a viver. Por exemplo: Aqui é normal os casais fazerem férias separados, ou seja, além das férias em família, que todos conhecemos, ainda há uma semaninha em que um dos pais vai de férias sozinho ou com amigos enquanto o outro fica em casa com os miúdos... e quando um regressa, vai o outro de férias! Eu já tentei perceber isto, juro que me esforcei, mas não me entra na cabeça!
Depois ainda há o hábito de os homens fazerem “férias só de homens”, em que se juntam com os amigos e vão para uma qualquer casinha no meio de uma montanha (algo muito fácil de encontrar por aqui) onde falam, bebem, fazem ski, bebem, comem, bebem...
Escusado será dizer que o Thomie agora ganhou um conceito novo de férias: ou é em casal ou não há férias para ninguém! Não é difícil de entender, pois não? Ele também não achou ;)
À quarta-feira, há reunião/convívio nos bombeiros e o Thomie chega a casa às 22 horas (deve ser o primeiro a regressar a casa, mas também é o único que teve a sorte de casar com uma portuguesa hihi). Enquanto os homens estão nos bombeiros, as esposas ficam em casa com os miúdos e à quinta-feira invertem-se as posiçõe e as respectivas esposas reúnem-se também. É a chamada “noite das raparigas”, para a qual já fui várias vezes convidada, mas confesso que o conceito não me convence e que só fui uma vez... e chegou para perceber que não sou assim tão moderna como elas...
Será modernice viver assim tão à soltinha? Será que sou eu que sou demasiado conservadora? Ou será também por isso que a taxa de divórcios na Áustria é superior a 60%?
Eu, cá por mim, prefiro viver com os meus hábitos e já agora, impingir alguns (os mais saudáveis) ao Thomie ;)

Bom fim-de-semana

10/01/08

O mar...

Era aqui que me apetecia estar agora, sentada de frente para o mar, a ouvir as ondas e com os pés (geladinhos, certamente) enterrados na areia...
Hoje na minha ronda pelos blogs (cada vez mais), encontrei esta foto num blog e fiquei assim.. melancólica, com saudades do mar...
http://caminhandonaterra.blogspot.com/

09/01/08

Heidi

Já estou quase a acabar de ler o livro que comecei a ler ontem “A soma dos dias” de Isabel Allende e recomendo vivamente!
Hoje faz um mês que o meu avôzinho Jerónimo partiu...

Ontem aconteceu uma coisa que gostava de vos contar. Quando estávamos prestes a chegar a casa (não se vê viva-alma nas ruas a partir das 18 horas), passámos por um cão. Um cão andava à solta na rua. E agora estão vocês a pensar “E o que é que isso tem de especial?”. Eu também achava que nada, mas como vão ver a seguir, estamos enganados!
Os habitantes da aldeia onde moramos não acham normal... o Thomie achou que sabia quem podia ser o dono do cão, ligou para o tal senhor, que lhe disse que não, que o cão dele estava em casa. Eu tentei disfarçar o meu espanto perante aquela preocupação toda com um canídeo... mas não consegui resistir, quando o senhor para quem o Thomie tinha ligado, lhe ligou novamente a pedir uma descrição mais detalhada do cão, para o caso de ele o conseguir reconhecer (e ao respectivo dono)!!!
Aqui não há cães ou gatos vadios. Simplesmente não há! Num país com 8 milhões de habitantes, existem cerca de 6 milhões de animais domésticos... mas não se iludam a achar que também não há sem-abrigos! Sem-abrigos há, cães vadios é que não. Os animaizinhos que não tiveram a sorte de encontrar uma família que os tenha recebido, estão em canis estatais onde são tratados, alimentados e etc. até que um dia morram de velhinhos...
Acho bem que tratem bem os bichinhos, só me custa que os animais mereçam mais consideração do que muitas pessoas... Embora esteja plenamente consciente de que a imigração é um problema bastante complexo na sociedade actual, ainda para mais aqui no país da Heidi (como eu lhe chamo), que tem 8 países fronteiriços.

Beijinhos

Susy

08/01/08

Ler, ouvir, escrever...

Ando com sede de cultura, de ler, de ouvir música, de dançar na sala de meias ao som de um qualquer CD...
Ontem recebi pelo correio dois CDs novinhos em folha: o “Sim” da Vanessa da Mata (dancei na sala um cadinho, confesso) e o “Lado a Lado” da Mafalda Veiga e João Pedro Pais. Também recebi o CD com o concerto em Lisboa da Mariza. Recebi também o livro “As velas ardem até ao fim” de Sándor Marai e hoje recebi, das mãos da minha amiga Cláudia o livro “A soma dos dias” de Isabel Allende. Gostava de ter os meus livros todos juntinhos, separados por temas e ordenados por ordem alfabética como tenho sempre, mas a verdade é já tenho duas mini-bibliotecas, uma aqui e outra na minha casinha no Barreiro... Será que um dia os vou conseguir juntar todos?

Bem, mas nesta sede, também ando a ler várias revistas que trouxe de casa por altura do Natal e hoje trouxe a Visão de 6 de Dezembro de 2006 (o Sol está a bater aqui no escritório neste preciso momento, o que o torna num momento muito bom!!!). E foi na página 120 que li algumas pequenas notícias que são, digamos... bem... vejam por vocês mesmos:

“Militar da GNR foi detido, em flagrante, em Carnaxide, quando tentava concretizar o seu sétimo assalto a um banco.”

Sétimo? Os colegas andavam distraídos...

“Oito em cada dez pessoas consideram que os sorrisos dos políticos são falsos, revelou um inquérito da Universidade Fernando Pessoa, do Porto.”

Gostava de saber quem são os outros 2 ingénuos...

“Quénia é destino de turismo sexual para uma em cada cinco mulheres ocidentais solteiras que visitam o país, admitiu o governo queniano”

Pelos vistos, os homens negros têm a fama e o proveito!

“Xbox e Playstation são os culpados por a Inglaterra não se ter qualificado para o Euro 2008, acusou o guarda-redes do West Ham Robert Green, sublinhando que não surgem novos futebolistas porque os miúdos passam demasiado tempo a jogar nas consolas”.

Deixa-nos a pensar nos jogos às escondidas, ao polícia e ao ladrao que jogávamos na rua em pequenos... na rua onde fiz isso há cerca de 20 anos, não se vêm crianças hoje...
Se alguma vez também tiverem um ataque de leiturite aguda, espreitem este blog (um dos muitos que leio diariamente: http://sorumbatico.blogspot.com/
Bem, vou continuar a ler ;)

07/01/08

O Afonso é liiiindo

Olá!

Lembram-se daquela ecografia a 3D (ou seriam 4D?) daquele menino lindo? Nasceu no dia 26 de Dezembro e hoje recebi esta foto dele na maternidade. É um docinho...
E até foi ao meu casamento! Estava escondido, mas esteve lá ;)
Beijinhos grandes, Afonso... que sejas sempre muito saudável e feliz :)

04/01/08

3, 2, 1... Feliz Ano Novo!!

A passagem de ano correu bem, na companhia de alguns amigos, muitos jogos (Monopólio, Master Mind, etc.) e muita comida! Fomos para uma casa numa montanha, cercados por neve e fogo de artifício das aldeias próximas e foi muito giro!
A tradição aqui na passagem de ano é abrir a garrafa de champanhe à meia-noite, dançar a valsa que toca na rádio e oferecer aos presentes e família umas recordações minúsculas, em forma de porco, trevo de 4 folhas ou limpa-chaminés. Eu recebi do Thomie um porquinho cor-de-rosa em peluche grandinho e gordinho, que espero nos traga muita sorte em 2008...

E cá estamos nós num novo ano, num ano a que ainda temos de nos habituar, um novo número que tenos de escrever quando assinamos a data (sempre a corrigir o 7 por um 8 nos primeiros tempos). É tempo de usar a agenda para 2008, que ainda cheira a novo e que ainda tem as folhas tão branquinhas e imaculadas... onde escrevemos os aniversários e compromissos do ano que agora entrou... Faz lembrar quando comprávamos os cadernos novos para a escola e onde apetecia tanto escrever...
Já apontei os bailes que vão haver por aqui nos meses de Janeiro e Fevereiro, as aulas que começam em finais de Fevereiro, mas mais importante ainda, escrevi a letras bem gordas o dia 23 de Fevereiro, quando a minha família chega para nos visitar durante uma semana inteirinha!!
Estou super ansiosa para que venham, porque até hoje só a minha mãe esteve cá. Estou curiosa para ver como a minha mana, cunhado e sobrinha vão reagir a tudo o que estamos a planear mostrar-lhes...

Esta semana só vim trabalhar hoje, porque o resto da semana foi feriado no Japão (oh, que chato hihi), mas para a semana começa o ritmo normal e espero que venham reparar o aquecimento, porque estou geladinha até aos ossos (e olhem que os meus ossinhos estão bem camuflados!!). A temperatura não sai dos graus negativos... ó Primavera, despacha-te!!

Bem, até breve!

Beijinhos e um óptimo 2008!!!

Susy