Pois é, hoje passam 33 anos sobre o dia que mudou a História do nosso cantinho à beira-mar plantado!
Lembro-me de não ter aprendido quase nada sobre o 25 de Abril na escola e o que sei aprendi com a minha mãe, que sempre me explicou a importância da Liberdade (em todas as suas formas), me explicou quem foi Zeca Afonso, que me explicou como as pessoas viviam no Alentejo, que me ensinou a canção “Somos livres” (que cantava quando íamos a caminho do Alentejo).
Também já visitámos o Forte de Peniche onde dá para ter uma ideia de como era aquela prisão política na altura e tanto mais que ainda tenho de aprender sobre essa altura.
Já li alguns livros sobre o regime de Salazar, sobre o Tarrafal, sobre a revolução em si, tenho CDs com as gravações da rádio daquele dia e espero ainda a vir ter mais literatura sobre isso.
Mas a maneira mais interessante de aprender a nossa História é ouvir contar de quem passou por aquilo… como quando a minha mãe me contou que uma sardinha tinha de dar para alimentar 5 pessoas!
É pena que as escolas atribuam mais valor à História de outros países do que à nossa própria História… resta-nos esperar que isso um dia mude!
Talvez a razão do desprezo por esta matéria seja o facto de ainda despertar muitas memórias em algumas famílias que sofreram com o pós-revolução. Uma prova de que essa época ainda está viva na nossa população, é o facto dos arquivos da PIDE na Torre do Tombo ainda serem de muito difícil acesso…
Sempre disse que gostava de ter uma máquina do tempo, como se vê em alguns filmes. Gostava de poder entrar na máquina e poder viver ao vivo e a cores momentos históricos marcantes e um deles seria. Sem qualquer tipo de dúvida, a Revolução dos Cravos. Queria ter andado a cantar Grândola Vila Morena pelas ruas, a distribuir cravos, a sentir a adrenalina da Liberdade!
Hoje li no PortugalDiário uma notícia que reflecte o desprezo por este episódio da nossa História nas escolas:
Lembro-me de não ter aprendido quase nada sobre o 25 de Abril na escola e o que sei aprendi com a minha mãe, que sempre me explicou a importância da Liberdade (em todas as suas formas), me explicou quem foi Zeca Afonso, que me explicou como as pessoas viviam no Alentejo, que me ensinou a canção “Somos livres” (que cantava quando íamos a caminho do Alentejo).
Também já visitámos o Forte de Peniche onde dá para ter uma ideia de como era aquela prisão política na altura e tanto mais que ainda tenho de aprender sobre essa altura.
Já li alguns livros sobre o regime de Salazar, sobre o Tarrafal, sobre a revolução em si, tenho CDs com as gravações da rádio daquele dia e espero ainda a vir ter mais literatura sobre isso.
Mas a maneira mais interessante de aprender a nossa História é ouvir contar de quem passou por aquilo… como quando a minha mãe me contou que uma sardinha tinha de dar para alimentar 5 pessoas!
É pena que as escolas atribuam mais valor à História de outros países do que à nossa própria História… resta-nos esperar que isso um dia mude!
Talvez a razão do desprezo por esta matéria seja o facto de ainda despertar muitas memórias em algumas famílias que sofreram com o pós-revolução. Uma prova de que essa época ainda está viva na nossa população, é o facto dos arquivos da PIDE na Torre do Tombo ainda serem de muito difícil acesso…
Sempre disse que gostava de ter uma máquina do tempo, como se vê em alguns filmes. Gostava de poder entrar na máquina e poder viver ao vivo e a cores momentos históricos marcantes e um deles seria. Sem qualquer tipo de dúvida, a Revolução dos Cravos. Queria ter andado a cantar Grândola Vila Morena pelas ruas, a distribuir cravos, a sentir a adrenalina da Liberdade!
Hoje li no PortugalDiário uma notícia que reflecte o desprezo por este episódio da nossa História nas escolas:
“O PortugalDiário foi falar com professores de História do 6º, 9 e 12º ano (anos em que é suposto leccionar a matéria relativa à ditadura de Salazar e ao 25 de Abril) e recolheu algumas respostas de alunos que deixaram os docentes de boca aberta:
- “25 de Abril é uma ponte que existe em Lisboa”
- “Uma das canções-senha foi «E depois de Deus”
- “Uma das canções-senha foi «E depois de Deus”
- “Quem fez o 25 de Abril foi o Marcelo Caetano”
- “Salazar? Foi um rei de Portugal. Foi o D. Salazar”
- “Otelo? Quem é?”
- “Otelo foi ministro de Salazar”
- “Salazar foi Presidente da República”;
“Se vos entrevistarem na rua, por favor, não abram a boca», costuma recomendar a professora Maria Conceição Marques aos seus alunos de 9º ano, de uma escola de Lisboa. É que a maior parte, conta, «não sabe o que foi, nem por que razão houve uma revolução, nem mesmo que existiu uma ditadura em Portugal». E neste campo, sublinha, «os do 9º ano são tão ignorantes como os do 6º ano”.
“Dizem autênticas barbaridades», desabafa Fernanda M. professora do 6º ano. «A maioria dos alunos não tem a menor noção do que foi o 25 de Abril, nem nunca ouviu falar». Há alguns mais informados, porque os pais explicam, «mas são muito poucos”.
E aqui ficam duas canções que cantarolo sempre que penso no 25 de Abril:
Para dar início à revolução, existiram duas senhas. A canção “E depois do adeus” de Paulo de Carvalho que tocou às 23 horas e a canção “Grândola” que passou às 0.20h do dia 25.
José Afonso: “Grândola, vila morena”
Grândola, vila morena/Terra da fraternidade/O povo é quem mais ordenaDentro de ti, ó cidade/Dentro de ti, ó cidadeO povo é quem mais ordena/Terra da fraternidade/Grândola, vila morena/Em cada esquina um amigo/Em cada rosto igualdade Grândola, vila morenaTerra da fraternidade
Terra da fraternidade/Grândola, vila morena/Em cada rosto igualdadeO povo é quem mais ordena/À sombra duma azinheira/Que já não sabia a idade/Jurei ter por companheira Grândola a tua vontade/Grândola a tua vontade/Jurei ter por companheiraÀ sombra duma azinheira/Que já não sabia a idade
Ermelinda Duarte: “Somos livres (uma gaivota voava voava)
Ontem apenas/fomos a voz sufocada/dum povo a dizer não quero;fomos os bobos-do-rei/mastigando desespero.
Ontem apenas/fomos o povo a chorar/na sarjeta dos que, à força,ultrajaram e venderam/esta terra, hoje nossa.
Uma gaivota voava, voava/asas de vento/coração de mar.Como ela, somos livres/somos livres de voar.
Uma papoila crescia, crescia/grito vermelho num campo qualquer.Como ela somos livres/ somos livres de crescer.
Uma criança dizia, dizia/"quando for grande não vou combater".Como ela, somos livres/somos livres de dizer.
Somos um povo que cerra fileiras/parte à conquista/do pão e da paz.Somos livres, somos livres/não voltaremos atrás.
“Se vos entrevistarem na rua, por favor, não abram a boca», costuma recomendar a professora Maria Conceição Marques aos seus alunos de 9º ano, de uma escola de Lisboa. É que a maior parte, conta, «não sabe o que foi, nem por que razão houve uma revolução, nem mesmo que existiu uma ditadura em Portugal». E neste campo, sublinha, «os do 9º ano são tão ignorantes como os do 6º ano”.
“Dizem autênticas barbaridades», desabafa Fernanda M. professora do 6º ano. «A maioria dos alunos não tem a menor noção do que foi o 25 de Abril, nem nunca ouviu falar». Há alguns mais informados, porque os pais explicam, «mas são muito poucos”.
E aqui ficam duas canções que cantarolo sempre que penso no 25 de Abril:
Para dar início à revolução, existiram duas senhas. A canção “E depois do adeus” de Paulo de Carvalho que tocou às 23 horas e a canção “Grândola” que passou às 0.20h do dia 25.
José Afonso: “Grândola, vila morena”
Grândola, vila morena/Terra da fraternidade/O povo é quem mais ordenaDentro de ti, ó cidade/Dentro de ti, ó cidadeO povo é quem mais ordena/Terra da fraternidade/Grândola, vila morena/Em cada esquina um amigo/Em cada rosto igualdade Grândola, vila morenaTerra da fraternidade
Terra da fraternidade/Grândola, vila morena/Em cada rosto igualdadeO povo é quem mais ordena/À sombra duma azinheira/Que já não sabia a idade/Jurei ter por companheira Grândola a tua vontade/Grândola a tua vontade/Jurei ter por companheiraÀ sombra duma azinheira/Que já não sabia a idade
Ermelinda Duarte: “Somos livres (uma gaivota voava voava)
Ontem apenas/fomos a voz sufocada/dum povo a dizer não quero;fomos os bobos-do-rei/mastigando desespero.
Ontem apenas/fomos o povo a chorar/na sarjeta dos que, à força,ultrajaram e venderam/esta terra, hoje nossa.
Uma gaivota voava, voava/asas de vento/coração de mar.Como ela, somos livres/somos livres de voar.
Uma papoila crescia, crescia/grito vermelho num campo qualquer.Como ela somos livres/ somos livres de crescer.
Uma criança dizia, dizia/"quando for grande não vou combater".Como ela, somos livres/somos livres de dizer.
Somos um povo que cerra fileiras/parte à conquista/do pão e da paz.Somos livres, somos livres/não voltaremos atrás.
Às 04h26 o locutor Joaquim Furtado fazia a leitura do primeiro comunicado do MFA, aos microfones do Rádio Clube Português:
“Aqui posto de comando do Movimento das Forças Armadas. As Forças Armadas portuguesas apelam para todos os habitantes da cidade de Lisboa no sentido de recolherem a suas casas, nas quais se devem conservar com a máxima calma. Esperamos sinceramente que a gravidade da hora que vivemos não seja tristemente assinalada por qualquer acidente pessoal, para o que apelamos para o bom senso dos comandos das forças militarizadas no sentido de serem evitados quaisquer confrontos com as Forças Armadas. Tal confronto, além de desnecessário, só poderia conduzir a sérios prejuízos individuais que enlutariam e criariam divisões entre os portugueses, o que há que evitar a todo o custo. Não obstante a expressa preocupação de não fazer correr a mínima gota de sangue de qualquer português, apelamos para o espírito cívico e profissional da classe médica, esperando a sua acorrência aos hospitais, a fim de prestar eventual colaboração, que se deseja, sinceramente, desnecessária.”
VIVA o 25 de Abril!
Sem comentários:
Enviar um comentário