Não podia deixar passar o dia de hoje em branco. Não vivi o 25 de Abril de 74, porque ainda não era nascida, mas cresci a ouvir falar desse dia, do antes e do depois. Sempre desejei poder ter presenciado esse dia...
34 anos depois, a imprensa portuguesa pouca atenção dedicou ao dia de hoje (ao ocntrário de alguns blogs com posts bem bonitos)... mas encontrei dois artigos que achei interessantes.
Pela positiva:
“...Quando oiço ou leio elogios a Salazar e ao "outro tempo" a gente que tem idade para se lembrar, fico estupefacta. Nunca deixa de me espantar que se considere que "se vivia melhor" ou "havia mais segurança”... Porque antes da democracia a esmagadora maioria dos portugueses vivia mal. Havia miséria como não há, nem por sombras, hoje. Havia pobreza como não há, nem por sombras, hoje. Há gente a viver mal hoje, idosos com reformas miseráveis. Mas antes da democracia não havia sequer reforma garantida para todos - lembram-se? E podia não haver carjacking - não havia sequer carros que chegassem para isso - mas havia tropa obrigatória, lembram-se? E minas nas picadas, e emboscadas na selva. Quantos portugueses morreram, obrigados, na guerra? Quantos voltaram deficientes? Quantos tiveram de fugir para não serem enviados para África? Quantos fugiam, "a salto", para tentar uma vida melhor no estrangeiro? Quantos morriam de medo de dizer alguma coisa errada que os levasse a serem considerados anti-regime, a perder o emprego, a serem presos? Era seguro, ser português? Era seguro, viver numa ditadura?... Não somos todos felizes - mas só nos cartazes das ditaduras toda a gente sorri... Sobretudo, não me digam que "há medo de falar" nem usem a palavra "fascismo" a torto e a direito. Porque é ridículo, demasiado ridículo, mas porque, sobretudo, é um insulto a todos os que realmente souberam o que era ter medo e viver num regime totalitário...”
“Lembrem-se como foi”, por Fernanda Câncio http://www.dn.sapo.pt/
Pela negativa:
“A Câmara Municipal de Lisboa deixou de plantar craveiros nos viveiros da autarquia, pelo que deixou de distribuir o típico cravo vermelho símbolo da Revolução de 25 de Abril...
A autarquia deixou de plantar as flores durante o mandato de Pedro Santana Lopes, resultado de uma "decisão política" do então presidente da autarquia...
José Sá Fernandes, actual vereador dos Espaços Verdes, assumindo que "gostaria de ter cravos para distribuir no dia 25 de Abril", admite no próximo ano "oferecer sementes de cravo aos lisboetas, para que eles possam plantar".
http://www.correiodamanha.pt/
34 anos depois, a imprensa portuguesa pouca atenção dedicou ao dia de hoje (ao ocntrário de alguns blogs com posts bem bonitos)... mas encontrei dois artigos que achei interessantes.
Pela positiva:
“...Quando oiço ou leio elogios a Salazar e ao "outro tempo" a gente que tem idade para se lembrar, fico estupefacta. Nunca deixa de me espantar que se considere que "se vivia melhor" ou "havia mais segurança”... Porque antes da democracia a esmagadora maioria dos portugueses vivia mal. Havia miséria como não há, nem por sombras, hoje. Havia pobreza como não há, nem por sombras, hoje. Há gente a viver mal hoje, idosos com reformas miseráveis. Mas antes da democracia não havia sequer reforma garantida para todos - lembram-se? E podia não haver carjacking - não havia sequer carros que chegassem para isso - mas havia tropa obrigatória, lembram-se? E minas nas picadas, e emboscadas na selva. Quantos portugueses morreram, obrigados, na guerra? Quantos voltaram deficientes? Quantos tiveram de fugir para não serem enviados para África? Quantos fugiam, "a salto", para tentar uma vida melhor no estrangeiro? Quantos morriam de medo de dizer alguma coisa errada que os levasse a serem considerados anti-regime, a perder o emprego, a serem presos? Era seguro, ser português? Era seguro, viver numa ditadura?... Não somos todos felizes - mas só nos cartazes das ditaduras toda a gente sorri... Sobretudo, não me digam que "há medo de falar" nem usem a palavra "fascismo" a torto e a direito. Porque é ridículo, demasiado ridículo, mas porque, sobretudo, é um insulto a todos os que realmente souberam o que era ter medo e viver num regime totalitário...”
“Lembrem-se como foi”, por Fernanda Câncio http://www.dn.sapo.pt/
Pela negativa:
“A Câmara Municipal de Lisboa deixou de plantar craveiros nos viveiros da autarquia, pelo que deixou de distribuir o típico cravo vermelho símbolo da Revolução de 25 de Abril...
A autarquia deixou de plantar as flores durante o mandato de Pedro Santana Lopes, resultado de uma "decisão política" do então presidente da autarquia...
José Sá Fernandes, actual vereador dos Espaços Verdes, assumindo que "gostaria de ter cravos para distribuir no dia 25 de Abril", admite no próximo ano "oferecer sementes de cravo aos lisboetas, para que eles possam plantar".
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1 comentário:
A liberdade é um valor inquestionável, viva o 25 de Abril!
:)
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